ATIVIDADES CONCLUÍDAS

Características Psicológicas de Pessoas que Convivem com AIDS e Adesão ao Tratamento Antiretroviral

Autor: Prof. Dr. José Humberto da Silva Filho
Co-autora: Diana Santos Simões - Aluna em orientação de monografia de conclusão do curso de Psicologia.
Aluna de Psicologia em Orientação: Sandra Carla Hayashi - PIBIC
Duração: agosto/2008 a dezembro/2009
Aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa: 12/05/2009 (protocolo 0005.0.114.115-09)

Trinta e três milhões de pessoas vivem com AIDS hoje no mundo, número correspondente a população do Canadá. Em 27 anos de epidemia, são 474.273 casos de AIDS acumulados, entre 1980 e julho de 2007. Em 1985, para cada 267 homens com AIDS, havia 10 mulheres. Depois de uma queda ininterrupta na proporção de casos da doença entre os sexos, chega-se a 2005 com 16 casos de AIDS em homens para 10 mulheres. A população de 13 a 24 anos apresenta uma particularidade relevante quanto a gênero. Enquanto na população geral há 16 casos em homens para 10 mulheres, na faixa etária de 13 a 19 anos, existem 06 meninos infectados para cada 10 meninas. Além disso, nos últimos anos, também vem se verificando aumento percentual de casos de AIDS na população acima de 50 anos, em ambos os sexos. Devido à escassez de informações para a compreensão dos fenômenos psicoafetivos daqueles que estão submetidos ao tratamento crônico com antiretrovirais tem-se a importância de investigar as variáveis que podem ajudar na compreensão da adesão ou não adesão ao tratamento. O presente trabalho visou estudar as características de personalidade (CPS), os aspectos psicoafetivos (Inventários de Depressão e Ansiedade) e cognitivos (WCS) de pacientes com AIDS atendidos na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas-FMT. Os participantes da pesquisa foram 35 pessoas submetidas à Terapia Antiretroviral com idade a partir de 18 anos, escolarizado (capacidade de ler e compreender os questionários), que tiveram pelo menos uma prescrição de antiretroviral e com pelo menos um mês de tratamento, obedecendo dessa forma aos critérios de inclusão no estudo. Os participantes obtiveram como benefício um laudo de avaliação psicológica em seu prontuário. A aplicação dos testes foi numa única sessão, de forma individual, em local apropriado e em condições de privacidade. O tempo médio para cada sessão individual foi de aproximadamente 90 minutos. Os dados coletados foram apurados individualmente conforme os respectivos manuais dos testes adotados. Posteriormente foi feita a construção e alimentação do banco de dados, bem como as análises e testes estatísticos com os resultados das avaliações psicológicas e dados sociodemográficos dos participantes da amostra. Observou-se significativos de níveis de ansiedade, baixo desempenho cognitivo e características defensivas de personalidade. Espera-se que este trabalho possa trazer subsídios que possibilitem aos profissionais e instituições que lidam com esta clientela promover, através de educação e de acompanhamento clínico-psicológico, uma melhor qualidade de vida para as pessoas que convivem com o HIV.

 

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